A Corredoura era um bairro essencialmente habitado pelo proletariado agrícola, com os olhos postos na Vilariça, minimizado pelo poder de Praça e, por vezes, ridicularizado pelas gentes da Vila. Hoje é a centralidade mais activa do município.
Mas o quotidiano continua lento, na lenta erosão da paisagem humana, com as muitas esplanadas praticamente vazias, só cheias nos fins de semana, com os jovens de regresso à terra, vindos dos múltiplos politécnicos que vão proliferando, como cogumelos de ensino, pelos distritos de Bragança e Vila Real, Guarda e Viseu. Animam as noites com muita cerveja e shots, abundância de telemóveis e mesmo portáteis em esplanada, a par de música maldita para os tímpanos. Cursos sobre cursos, mas sem saída para esta “geração pendura” como lhe chamou Daniel Sampaio. “Geração pendura” porque, à falta de saídas, no mercado de trabalho, demoram a abandonar a casa dos pais.
Multiplicam-se como soluções precárias e transitórias os vários e mais variados cursos de formação profissional, e das três promessas do actual poder político – barragem do Sabor, acesso ao IP 2 e criação de um pólo de ensino superior-- só esta não foi cumprida, muito embora numa antiga casa dos magistrados, funcionem cursos temporários de Turismo e Património.
Texto de Rogério Rodrigues.In TORRE DE MONCORVO Março de 1974 a 2009
De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito, Rogério Rodrigues
Edição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
E assim se vai transfomando Moncorvo.Ainda bem que há pessoas que escrevem e bem sobre estas transformações.
ResponderEliminarTenho esse livro ,deram-mo na biblioteca.Está lá a história dos últimos 40 anos de Moncorvo.
ResponderEliminarÉ este o retrato de Moncorvo e de outras tantas localidades, vítimas do abandono e do esquecimento a que a interioridade as votou
ResponderEliminarUm texto muito bem escrito,mas a realidade é esta.
Temos que mudar esta situação!
A.A.
Quem imaginaria que, algum dia, a Corredoura - lá no calcanhar de Judas - se tornaria o centro da Vila? Pena estar tão descaracterizada na sua pobre mas típica arquitectura e nos seus cantos e recantos. Terá de ser esse o preço da "modernidade" ?
ResponderEliminarAbraços
Júlia
Também concordo com a menina Júlia..esta diferente..já as ruas atras do castelo estao quase na mesma como há 40 anos..falando na minha rua, rua nova, esta quase na mesma..o solar continua igual, a casa onde morei restauraram na sem lei nem rei,.foi pena.! Outras estao em ruínas, mas estao lá ....basicamente a rua esta na mesma. A vila cresceu, mas o essencial permanecerá !.
ResponderEliminarJá agora também vou dar o meu lamiré sobre tanto modernismo que acabou por roubar a essência arquitetonica de moncorvo...a praça...praça ampla, palco da vida cultural da vila que tem como nome.TORRE DE MONCORVO.....seria melhor terem colocado o ditoso chafariz na corredores e deixavam aquela praça e o castelo em paz, beleza e sabedoria.
ResponderEliminarDe acordo com o último comentador.Quem teve a infeliz ideia de colocar aquele chafariz na Praça?Que falta de gosto(...)Modernices ou modernidades..
ResponderEliminarPois é esse chafariz nao está lá muito bem..esperamos que este novo presidente nao gaste tempo nem dinheiro nestas futilidades. Preservar o que existe na maravilhosa vila de Moncorvo basta para esta terra de sonho nao perder a sua essência e precisiosidade.
ResponderEliminarPRECIOSIDADE....é o termo correto, desculpem, é a falta dos óculos .
ResponderEliminarJá passaram 2 anos e os amigos da rua nova não dizem nada?? Então , manuela, dina, Lurdes, Fernando, Fernanda, Julio, são, ze manel, Teresa, Lucinha.,,manela ...vá lá comuniquem...
ResponderEliminar