Quem segue de Moncorvo, pela EN 220, em direcção ao Pocinho, uns metros depois do cruzamento que dá para a Açoreira, repara numa pequena estrada que dá para a capela de Nossa Senhora da Esperança:
"Ermida rural em gótico tardio, de aparelho em alvenaria de xisto rebocado, sendo os cunhais em cantaria de granito. A fachada principal tem adossado um alpendre de planta quadrangular, suportado por uma parede no lado sul e por um pilar no lado norte. Sobre o portal de arco quebrado existe uma cruz pátea e, de cada um dos lados, uma pequena janela. A nave tem três contrafortes a norte. Sobre a empena da nave, ergue-se uma sineira, encimada por cruz.
Quem segue de Moncorvo, pela EN 220, em direcção ao Pocinho, uns metros depois do cruzamento que dá para a Açoreira, repara numa pequena estrada que dá para a capela de Nossa Senhora da Esperança
No interior destaca-se o arco triunfal, de volta inteira, decorado com motivos em pérola, pintados de azul e florões pintados de vermelho e amarelo, pinturas do século XVI. Ladeiam-no dois altares de talha, tendo o do lado do Evangelho as imagens de São Francisco e de Nossa Senhora da Assunção, e o do lado da Epístola a imagem de Cristo na cruz e uma pequena tábua pintada com a cena da deposição de Cristo no sepulcro. Na capela-mor, o altar-mor, em talha, ostenta imagem de Nossa Senhora da Esperança. Na capela existe ainda uma imagem em madeira de uma Virgem com o menino. Os tectos da nave e da capela-mor são em abóbada abatida. Os pavimentos são em lajes de granito, existindo diversas inscrições tumulares fragmentadas."
Da Nossa Senhora da Esperança consegue-se ter uma visão sobre grande parte da vila de Torre de Moncorvo e do Vale da Vilariça, podendo-se ,por isso, também considerar um óptimo miradouro.
Nota: Click nas imagens para aumentar
Parabéns, Delfim, por estas bonitas imagens da capela da Senhora da Esperança, que eu prefiro chamar de Senhora de Ribacavada. Efectivamente era este o seu nome antigo, de acordo com os textos seiscentistas conhecidos.
ResponderEliminarPorquê Ribacavada? Provavelmente era o nome do sítio que, de um lado e outro, apresenta forte declive. Aliás a linha de água que ali nasce, na Quinta do Cuco, e vai desaguar no rio Douro, junto ao Pocinho, também se chamava ribeiro de Ribacavada. J. Andrade.
As 7 capelas da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo foram tratadas por Luís Lopes, num artigo do n.º 3 da Revista Campos Monteiro - história património cultura.
ResponderEliminarO número seguinte apresenta um trabalho sobre Martins Janeira, de Paula Mateus, editora da Pássaro de Fogo e estudiosa da obra do embaixador, com acesso privilegiado ao seu espólio. Esta informação vem a propósito do "debate" em torno desta figura neste blogue. A Paula Mateus e o Centro de Memória podem ter valiosas respostas.