É verdade ! Foi nessa Escola que eu andei desde a primeira à quarta-classe, com colegas fantásticos; recordo-os com saudades. Alguns já não estão entre nós, tal como o Professor Álvaro Miranda, que morava em frente à minha casa, na Misericórdia. Eu tinha a chave da Escola para ir de manhã abrir a porta enquanto o Professor Miranda vinha da Encarnação no seu VW (OS-15-15 ?), por vezes com o seu cão (Neru de seu nome - a recordar ainda o indiano que aprisionou a nossa guarnição militar nas Índias, sendo alguns elementos de Moncorvo). O recreio era o Adro da Igreja junto ao Padre Eterno, as instalações sanitárias era onde a bexiga queria e o lavatório era a fonte embutida na parede na curva ao alto da Rua da Fonte, que actualmente só tem o "embutido"; era lá que uma ou duas vezes por semana iam lavar a cara/orelhas/pescoço . . . os que não passavam na revista do Professor, e não importava o tempo que fazia ! O "laboratório" era debaixo do "coberto" da casa do Sr. Montenegro onde fazíamos a tinta com anilina azul para encher os tinteiros para as canetas de aparos ! Chega! O Tó Fidalgo é que sabia as matrículas de TODOS os carros da Vila e nome dos proprietários- ele que confirme se era aquela a do Professor Chega! F. Garcia Mirandela
Uma belíssima descrição e uma excelente memória, caro Dr. Garcia.Eu também iniciei a minha instrução primária nessa escola (1ª.classe). A 2ª. classe teve lugar noutra escola,com o prof. Ricardo, na Rua das Amoreiras, antiga cabine da Luz. A casa do banho eram as ruínas do antigo lagar do Dr. Henrique Seixas, onde não faltava todo o tipo de bicharada e, à parte de cima existia um lindo sabugueiro. Durante o recreio, espreitávamos para.as janelas da cadeia, na tentativa de ver a cara de algum preso. Contígua à sala de aula, existia a cantina escolar onde éramos obrigados a beber uma colher de óleo de fígado de bacalhau que além do cheiro esquisito era ruim que nem feijoada azeda!
Na fotografia da direita vê-se a porta (à esquerda) da escola primária que frequentei - da 1ª classe até à 4ª - que não tinha água, nem sanita e onde nem o sol entrava em todo o santo dia, pois estava tapada pela Igreja.
Grandes transformações sofreu ,para melhor,Moncorvo.Custa a acreditar que asfotografias sejam de 1977, pois parecem de 1877.
ResponderEliminarESTAS TRAVESSAS, ESTAS RUAS ESTREITAS,SÃO MARCAS DE OUTROS TEMPOS.
ResponderEliminarTININHA
Olá Nando!
ResponderEliminarBelas fotos. Ali já foi uma escola primária (uma classe de rapazas).
Abrço, Luis Ricardo
É verdade !
ResponderEliminarFoi nessa Escola que eu andei desde a primeira à quarta-classe, com colegas fantásticos; recordo-os com saudades. Alguns já não estão entre nós, tal como o Professor Álvaro Miranda, que morava em frente à minha casa, na Misericórdia.
Eu tinha a chave da Escola para ir de manhã abrir a porta enquanto o Professor Miranda vinha da Encarnação no seu VW (OS-15-15 ?), por vezes com o seu cão (Neru de seu nome - a recordar ainda o indiano que aprisionou a nossa guarnição militar nas Índias, sendo alguns elementos de Moncorvo).
O recreio era o Adro da Igreja junto ao Padre Eterno, as instalações sanitárias era onde a bexiga queria e o lavatório era a fonte embutida na parede na curva ao alto da Rua da Fonte, que actualmente só tem o "embutido"; era lá que uma ou duas vezes por semana iam lavar a cara/orelhas/pescoço . . . os que não passavam na revista do Professor, e não importava o tempo que fazia !
O "laboratório" era debaixo do "coberto" da casa do Sr. Montenegro onde fazíamos a tinta com anilina azul para encher os tinteiros para as canetas de aparos !
Chega!
O Tó Fidalgo é que sabia as matrículas de TODOS os carros da Vila e nome dos proprietários- ele que confirme se era aquela a do Professor
Chega!
F. Garcia
Mirandela
Uma belíssima descrição e uma excelente memória, caro Dr. Garcia.Eu também iniciei a minha instrução primária nessa escola (1ª.classe). A 2ª. classe teve lugar noutra escola,com o prof. Ricardo, na Rua das Amoreiras, antiga cabine da Luz. A casa do banho eram as ruínas do antigo lagar do Dr. Henrique Seixas, onde não faltava todo o tipo de bicharada e, à parte de cima existia um lindo sabugueiro. Durante o recreio, espreitávamos para.as janelas da cadeia, na tentativa de ver a cara de algum preso. Contígua à sala de aula, existia a cantina escolar onde éramos obrigados a beber uma colher de óleo de fígado de bacalhau que além do cheiro esquisito era ruim que nem feijoada azeda!
EliminarNa fotografia da direita vê-se a porta (à esquerda) da escola primária que frequentei - da 1ª classe até à 4ª - que não tinha água, nem sanita e onde nem o sol entrava em todo o santo dia, pois estava tapada pela Igreja.
ResponderEliminarAbraços
Júlia