O termo de "Piredu" vem já mencionado no foral de 1225 de Santa Cruz da Vilariça, localidade sobranceira ao local onde desagua a ribeira da Vilariça no rio Sabor e que daria origem a Torre de Moncorvo. Uma cópia do livro dos "Estatutos e Regras" da Confraria da Santa Cruz do lugar do Peredo, de 1618, apresenta o Peredo sem a designação dos Castelhanos. A capela da Santa Cruz é natural que já existisse nesse tempo e sabemos que está em estudo, pelo IPPAR, a sua classificação como Imóvel de Interesse Público, o que releva a sua importância e traz um valor acrescentado ao património da aldeia.
Peredo dos Castelhanos vem referenciado na Corografia Portugueza, e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal publicado em Lisboa a partir de 1706 como Abbadia da Mitra Primaz, pertencente à Comarca de Torre de Moncorvo. Diz-nos que a designação de Castelhanos se explica "porque nos tempos antigos o foram seus primeiros habitadores". A origem da associação de Castelhanos ao Peredo é explicada, por seu lado, por António Veloso de Carvalho, como tendo acontecido no século XVI, aí teria surgido "um período de despovoamento deste local, sem se saber bem as causas. Aliás, cumpre dizer que isto aconteceu por mais de uma vez, fruto, por vezes, de invasões, e noutros casos, por razões desconhecidas. Assim, abandonadas as terras, pelo século XV e princípios do XVI, os responsáveis de Urros deram-nas a Gomes Borges de Castro, que as arrendou a oito famílias castelhanas, da Vila
de Frexeneda".
de Frexeneda".