Para a história da electrificação em Torre de Moncorvo posso adiantar que em 26 de Junho de 1930 foi apresentada à câmara municipal uma proposta dizendo o seguinte:
- O abaixo assinado António Alexandre Souto, proprietário e comerciante, divorciado, na qualidade de fundador e representante da sociedade em construção denominada Companhia Oriental de Electricidade, com sede na rua do Almada nº 266, da cidade do Porto “in solidum” com a mesma, tendo conhecimento de não ter havido adjudicação alguma no concurso por essa câmara aberto para a instalação e exploração dos serviços de luz eléctrica, tem a honra de propor o aludido fornecimento nos termos do caderno de encargos que junta e aos preços seguintes: - Venda por contador: para a iluminação e os usos domésticos, 2$50 por quilovátio / hora, nos 5 primeiros anos de exploração e 1$80 nos seguintes. Para outros usos 1$00 por quilovátio /hora. Venda por avença: para iluminação 10$00 por mês e por 25 vátios. Para outros usos 300$00 por cada cavalo instalado para força motriz ou por cada quilovátio instalado para outros usos. Os serviços do Estado terão 20% de redução e os usos agrícolas 10%. Para iluminação das ruas públicas 6$00 por mês e por cada 50 vátios instalados na rede. Por cada quilovátio de consumo em excesso a um mínimo de 20 000 quilovátios / hora por ano concedem-se 50 vátios gratuitos para iluminação pública. No caso de resgate da concessão, reserva o direito de opção no fornecimento de energia para abastecer a rede até ao fim da concessão, que será dada por 30 anos.
António Júlio Andrade
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