![]() |
Foto Lb - 22/02/1974 Reedição de posts desde o início do blogue |
Mostrar mensagens com a etiqueta 1974 a 2009. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 1974 a 2009. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Moncorvo, Zona Quente na Terra Fria (1974)
CINCO ADOLESCENTES FALAM DA VILA
São quatrocentos estudantes na Escola
Secundária, mais de trezentos no ciclo preparatório. A vila parece não ter
ainda pesado bem o que isto significa.
A vila, como ficou escrito na abertura
desta série de reportagem, tem cerca de 2400 habitantes, ou tinha-os em 1970 e
hoje contaria mais uma ou duas centenas (por influência da escolarização).
Sentirá ela a vaga de fundo juvenil? E esta, o que pensa do «sítio» onde está
nitidamente de passagem? Cinco adolescentes aceitaram o convite da «República»
para uma conversa em redondo: o texto é, pois, deles e de mais ninguém.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
TORRE DE MONCORVO - A FUGA DAS ALDEIAS

As aldeias desertificam-se ou pela lenta agonia demográfica quer pela procura de residência ou emprego na sede do concelho.


A paisagem e os acessos à Vila iam sofrendo alterações. Já em Setembro de 1989, o então primeiro-ministro Cavaco Silva veio inaugurar o troço do IP 2 entre o Pocinho e o Sabor, projecto que fora lançado, em 1984, pelo ministro arquitecto Rosado Correia, já falecido.
R.R.
In TORRE DE MONCORVO Março de 1974 a 2009
De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito, Rogério Rodrigues
Edição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
Click nas imagens para aumentar.
Fotografias da Horta,Estevais e Cardanha
Reedição de posts desde o início do blogue.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
PRAÇA E MONCORVO

Pelo falecimento, marcante para mim, do meu amigo de décadas, Afonso Praça, transmontano dividido entre o Felgar, Moncorvo, Bragança, Lisboa e Igrejinha (Alentejo), coube-me a oferta de alguns documentos que o Afonso guardava. E foi assim que recebi uma parte substancial da colecção do semanário regionalista “Notícias de Trás-os-Montes” de que Afonso Praça era, a par de Vítor Direito (natural de Carção), director adjunto. Jornais a que perdi o rasto, nos múltiplos papéis que acumulo, mas se um dia destes os encontrar, entregá-los-ei à Biblioteca de Moncorvo. De qualquer modo, como é meu hábito, fiz uma resenha da reportagem do Afonso, no essencial.
Aqui publicou Raul Rego (natural de Morais), em cinco números, o “Itinerário de Guerra Junqueiro”; aqui, o actual ministro dos Negócios Estrangeiros, o açoreano Jaime Gama, casado com uma transmontana, então jornalista do República, publicou uma reportagem sobre Boticas. Afonso Praça escreveu uma reportagem (nº 20, 9 de Setembro de 1972) sobre Moncorvo. É sintomático o antetítulo: “Moncorvo: a vila que parou”. E, como ante-título, aponta: “A falta de terrenos para construir agrava o problema habitacional”.

Escreve logo na abertura: “Moncorvo dá hoje a sensação de ter parado, como se a vila fosse rodeada de muros altos a impedir o seu crescimento”.
Então o problema número um de Moncorvo era a falta de habitação. Segundo informações da Câmara, o grande problema residia na falta de terrenos e na recusa de cedência por parte dos seus proprietários.
Escreve Afonso Praça: “A vila é uma espécie de ilha, rodeada de terrenos particulares por todos os lados: a nascente, do prof. dr. Santos Júnior; a sul, dos srs. dr. César Ribeiro, António Eugénio de Carvalho e Castro e D. Maria de Lurdes Martins Roque dos Santos; a norte, do prof. dr. Santos Júnior; a poente, dos srs. Gualdino Augusto Carqueja, Sousa Leite, Alberto Santos, D. Ester Teixeira, dr. Henrique Seixas e Emílio Andrês, presidente da Câmara.”
Em 1972 apontava-se como prioridade a construção de um novo Palácio da Justiça na estrada que vai para Mogadouro, o que nunca veio a acontecer.
sábado, 25 de outubro de 2014
TORRE DE MONCORVO - LEVA-LEVA E MANEL DA MALA
Chegaram a Moncorvo, no tempo febril da miséria e dos mineiros. Poucos ou mesmo ninguém se lembra de como chegaram, e de quando chegaram. Fizeram de tudo e por aqui ficaram até que a morte os levou. Fazem parte do nosso imaginário e mal se imagina Moncorvo sem a sua lembrança. Afáveis e honestos, homens de muitos e variados ofícios, da agricultura ao transporte de malas da antiga CP, não havia ninguém na Vila que os não conhecesse.
Tiveram sempre quem os abrigasse e lhes desse trabalho. Contam-se histórias das suas vidas em que a desgraça assume papel maior. Mas nada ao certo. Teriam sido, porventura, felizes? Que histórias de infância e juventude não partilharam connosco?
In "TORRE DE MONCORVO
Março de 1974 a 2009"
De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito, Rogério Rodrigues
Edição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Moncorvo: o Presente, ao menos
E os velhos, esses reservatórios…

A
esperança de vida aumentou, a natalidade decresceu, os velhos começam a ser
predominantes nas inquietações demográficas. Transportam sabedoria e memórias.
E muitas mazelas e doenças. Mas os tempos são outros e os filhos e as filhas
têm emprego, o que os remete, aos velhos, para a solidão da casa.
E então floresceram (não para a flor da idade, mas
para as folhas cadentes) os lares ou centros de dia, numa leitura de eufemismo
recolhido. Propagaram-se pelas aldeias e pela Vila, como espaços de
solidariedade mas também de lucro, com cuidados médicos, mesmo cabeleireira, e
contos e leituras de lazer para recuperar a memória, tentar serenar o espírito
e mitigar a solidão.
Há 25 anos estes espaços de recolha e recolhimento
eram inimagináveis, na sua vulgarização e na sua presença em espaços tão desabitados
como algumas aldeias onde se instalaram.
Moncorvo terá tido mudanças radicais, na sua paisagem e no seu ordenamento. Porventura, excepto nas pessoas.
O repórter regressa de uma aldeia, de visita a um lar.
Padecentes da senitude, encostados à bengala, olham o horizonte, de vista baça e esquiva à claridade. Já não pedem o futuro nem a morte.
Conformam-se: o presente, ao menos.
RR


Moncorvo terá tido mudanças radicais, na sua paisagem e no seu ordenamento. Porventura, excepto nas pessoas.
O repórter regressa de uma aldeia, de visita a um lar.
Padecentes da senitude, encostados à bengala, olham o horizonte, de vista baça e esquiva à claridade. Já não pedem o futuro nem a morte.
Conformam-se: o presente, ao menos.
RR
In TORRE DE MONCORVO , Março
de 1974 a 2009. De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito, Rogério
Rodrigues. Edição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
quarta-feira, 6 de março de 2013
MONCORVO ,ZONA QUENTE EM TERRA FRIA
![]() |
A queijeira da Póvoa a caminho do estábulo |
Tinham-me dito que o queijo de ovelha só na Póvoa e em casa de uma tal Sr.ª Carminda, famosa por não dar leite ao «carro» (que é uma história que conto mais à frente). A Sr.ª Carminda tirava estrume com o marido e a filha solteira; sabendo ao que vinha levou-me pronto até à queijaria. Foi assim que entrei na Póvoa, talvez a aldeia mais pobre de toda a fragada da Cardanha.
Na Póvoa há gente, ovelhas, algum macho ou burro por ali – e criação à solta. Cães, claro. Muita modéstia à vista.
A Sr.ª Carminda estava com três ou quatro queijos em processo de fabrico, a escoarem para as francelas, calcados por pedras grossas. O meu companheiro de viagem queria dois.
«São a 70 o quilo» - avisou a queijaria, não fosse termos vindo à Póvoa desprevenidos.
A pesagem fez-se num instante. Uma pedra era um quilo, um bico de charrua meio quilo, uma chave um quarto de quilo.«Aquela pedra maior é a arroba» - apontou a Sr.ª Carminda.
Pesou a compra 1,70 kg de massa compacta, saborosíssima, como descobrimos mais tarde na vila.
E então surgiu a história. Aqui há tempos a Sr.ª Carminda,
queijeira com excedentes de leite, vendia parte deste aos homens do «carro»,
comerciantes de Moncorvo. Justaram o litro a 9$00.Quando foi do pagamento, os
compradores disseram-lhe que afinal não podiam dar os 9$00, mas 7$00, porque as
análises tinham revelado um «defeito».
«Qual defeito?»
sábado, 16 de junho de 2012
Nova proposta extingue 54 tribunais e cria 27 extensões judiciais
A nova proposta de reorganização do mapa judiciário prevê a extinção de 54 tribunais e a criação de 27 extensões judiciais, segundo o documento a que a Lusa teve acesso e que vai agora para discussão pública.
Segundo a proposta do Ministério da Justiça, o distrito de Viseu é o que perde mais tribunais, com a extinção dos de Armamar, Castro Daire, Nelas, Oliveira de Frades, Resende, São João da Pesqueira, Satão, Tabuaço e Vouzela.
O distrito de Vila Real perderá seis tribunais -- Boticas, Mesão Frio, Mondim de Basto, Murça, Sabrosa e Valpaços -- e o de Bragança perde cinco - Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.
![]() |
Até quando? |
O distrito de Vila Real perderá seis tribunais -- Boticas, Mesão Frio, Mondim de Basto, Murça, Sabrosa e Valpaços -- e o de Bragança perde cinco - Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.
@ Agência Lusa
Subscrever:
Mensagens (Atom)