Moinho de Papel - Leiria Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
O moinho dedicado à manufatura de papel foi instalado em Leiria a partir de 1411, de acordo com uma Carta Régia de D. João I na qual ele permitia a D. Gonçalo Lourenço de Gomide, escrivão do rei, que "… em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria … junto à ponte dos caniços…" se instalassem "…engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água… contando que não sejam moinhos de pão". É o primeiro moinho de papel conhecido em Portugal e a primeira fábrica da cidade, no qual se fabricaram as primeiras folhas a base de celulose. A existência de um moinho de papel na cidade terá influenciado o facto de Leiria ter sido uma das primeiras cidades portuguesas a ter uma tipografia, da qual sairia em 1496 um dos primeiros livros impressos do país, o Almanach perpetuum, do erudito hebraico Abraão Zacuto. Estudos recentes apontam que o moinho de papel foi construído sobre uma estrutura preexistente, possivelmente do século XIII, primeiramente dedicado à moagem de cereais. No século XVI o moinho passou a ser parte dos bens do Convento de Santo Agostinho de Leiria e serviu para abastecimento de água do convento e do Antigo Quartel Militar. Ao longo do século XX o moinho retornou à moagem de cereais. O espaço também já funcionou como lagar de azeite. Museu Seis séculos depois, o espaço sofreu obras de requalificação e em 2009 foi inaugurado um espaço museológico dedicado às actividades aí realizadas (produção de papel, farinha e azeite), sob projecto do arquitecto Siza Vieira. O centro dedica-se principalmente à realização de ateliers dirigidos a crianças e grupos escolares.
Moinho de Papel - Leiria
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O moinho dedicado à manufatura de papel foi instalado em Leiria a partir de 1411, de acordo com uma Carta Régia de D. João I na qual ele permitia a D. Gonçalo Lourenço de Gomide, escrivão do rei, que "… em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria … junto à ponte dos caniços…" se instalassem "…engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água… contando que não sejam moinhos de pão".
É o primeiro moinho de papel conhecido em Portugal e a primeira fábrica da cidade, no qual se fabricaram as primeiras folhas a base de celulose. A existência de um moinho de papel na cidade terá influenciado o facto de Leiria ter sido uma das primeiras cidades portuguesas a ter uma tipografia, da qual sairia em 1496 um dos primeiros livros impressos do país, o Almanach perpetuum, do erudito hebraico Abraão Zacuto.
Estudos recentes apontam que o moinho de papel foi construído sobre uma estrutura preexistente, possivelmente do século XIII, primeiramente dedicado à moagem de cereais.
No século XVI o moinho passou a ser parte dos bens do Convento de Santo Agostinho de Leiria e serviu para abastecimento de água do convento e do Antigo Quartel Militar. Ao longo do século XX o moinho retornou à moagem de cereais. O espaço também já funcionou como lagar de azeite.
Museu
Seis séculos depois, o espaço sofreu obras de requalificação e em 2009 foi inaugurado um espaço museológico dedicado às actividades aí realizadas (produção de papel, farinha e azeite), sob projecto do arquitecto Siza Vieira. O centro dedica-se principalmente à realização de ateliers dirigidos a crianças e grupos escolares.