CONTINUAÇÃO: CEPIHS – Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica e Social O Projecto de Guerra Junqueiro para a bandeira da República
António Pimenta de Castro Resumo – O enfoque deste estudo recai no projecto da bandeira da Primeira República concebido por Guerra Junqueiro, figura incontornável da cultura e da política portuguesas. A fundamentação das suas opções, nomeadamente, as cores azul e branca, convocou-o na posição de patriota convicto e foi trazida até nós, em parte, por obras marcantes do seu percurso literário. O projecto levantou grande polémica e veio a ser preterido. As Imagens da República Anunciação Matos Resumo – As sucessivas imagens da República, que aqui se apresentam, vão integrando o leitor nos ideais republicanos. Elas espelham o ensino e o anticlericalismo, participam da Primeira Guerra Mundial, apelam à união colectiva. Elas conquistam o quotidiano e todos os espaços em múltiplas ligações simbólicas. A imagem da República desdobra-se em cor e em arte. E é feminina, firme, agregadora e laboriosa.
Radical mas não muito Carlos Sambade Resumo – Quando se sinaliza – na história, na morigeração e fundamentalmente na simbólica – um tempo como sendo de mudança pode--se procurar ou o rasto de causalidade difusa ou, como ora se pretende que suceda, a marca se não indelével pelo menos revestida daquela perenidade que biblioteca e querer saber mantêm. Acresce que, havendo eco de factos e de factores associados, quanto mais não seja por uma certa inerência, à capital de um país, então melhor se pode tomar o pulso a uma situação. Perscrutar os interstícios da (ideia de) república, no seu tempo de alvor concreto, contida no plasmar, em periódico local, de emotividade racional, ou de razão emotiva, numa das vilas desse Portugal que se nos oferece constantemente, sem por vezes sabermos bem o que (nos) espera ou é lícito que espere, eis o nosso propósito.
Em defesa da República
Carlos Seixas Resumo – Este artigo pretende dar a conhecer um protagonista felgarense do período da Primeira República – Artur Adriano Pires. Cidadão de profundas convicções políticas e inabalável crença republicana, denunciou, sistematicamente, a actuação dos dirigentes locais que designou de adesivos e de ex-monárquicos. Empreendeu, ao mesmo tempo, e em nome de uma República altruísta e igualitária, a luta pela libertação dos espíritos e a defesa da sua terra e das suas gentes. Serviu-se, para tais propósitos, do jornal Alma Transmontana, por si concebido e voz contundente da sua crítica pronta e mordaz.
CONTINUAÇÃO: La instauración de la República Portuguesa bajo el prisma periodístico de la provincia limítrofe de Salamanca Emilio Rivas Calvo & Carlos d’Abreu
Resumen – En el presente trabajo se analiza el impacto que produjo en la prensa salmantina la instauración de la República en Portugal, atendiendo para ello a las líneas de opinión de El Salmantino y de El Adelanto.
A Implantação da República As Mulheres na Revolta do 31 de Janeiro Fina d’Armada
A Maria Custódia Alves, costureira de 22 anos, que morreu na revolta republicana de 1891
Resumo – No séc. XIX, o Porto era uma cidade pioneira. Assim, elegeu o 1.º deputado republicano do Reino (Rodrigues de Freitas, em 1878), deu voz à 1.ª republicana, já em 1880 (Angelina Vidal, que veio vestida de verde e vermelho, origem das cores da bandeira?), e tentou implantar a República, em 1891, no 31 de Janeiro. Este artigo dá visibilidade, dá nome, às participantes dessa revolta. Refere a mulher que abriu as portas da Câmara do Porto aos revoltosos, a morta e feridas entre soldados, as esposas que acompanharam os maridos para o degredo em África e as primeiras presas políticas em nome da República. Conta, também, episódios em que as mulheres foram protagonistas, como a noiva que ia ficando por casar. Ainda dá visibilidade às portuenses (30) que testemunharam nos tribunais de guerra a favor dos republicanos.
Análise dos Livros de Recenseamentos da Freguesia de Torre de Moncorvo (1910 e 1921) Licínio Martins e Luís Rei
Resumo – Este trabalho traz-nos uma análise transversal da população residente e recenseada na freguesia de Moncorvo, nos anos de 1910 e 1921. O universo populacional em estudo restringe-se aos recenseados, tendo em conta as fontes consultadas (Livros de Eleitores Inscritos no Recenseamento Político, com o fundamento de saberem ler e escrever – freguesia de Moncorvo – 1910 e 1921), portanto, homens alfabetizados com mais de 21 anos. Possibilita, no entanto, conhecer aspectos sociológicos tão interessantes como as profissões exercidas por esse universo populacional; o impacto do programa de alfabetização promovido pelos primeiros governos republicanos; a variação da população recenseada e inferir alguns factores que terão contribuído para essa variação, com base no contexto histórico da época.
Dissertação a propósito da implantação da República em Torre de Moncorvo Maria da Assunção Carqueja Rodrigues Adriano Vasco Rodrigues
Resumo – os Autores acompanham a evolução do movimento republicano português, a partir de 2.ª metade do século XIX, nos centros urbanos, onde predomina a burguesia, marcando o contraste com o interior agrícola, conservador e monárquico, como se viu pela reacção ao ultimatum inglês. Para a difusão das ideias republicanas no interior, caso de Torre de Moncorvo e seu concelho, contribuiu a acção doutrinadora de intelectuais que exerciam cargos públicos, muitos dos quais ex-alunos da Universidade de Coimbra e, também, de militares e marinheiros que influenciaram familiares e amigos, artesãos e comerciantes locais, citando como exemplo Felgar. O es-tudo é completado com referências aos primeiros deputados para as Constituintes de 1911, eleitos pelo Círculo n.º 9 (Torre de Moncorvo).
CONTINUAÇÃO: Faces da emigração portuguesa para o Brasil (Oitocentos - Novecentos) Odete Paiva
Resumo – O artigo divide-se em três partes. A primeira apresenta-nos a migração externa como um fenómeno conjuntural da sociedade portuguesa e que a atravessa diacronicamente. A segunda detém-se no fenómeno da emigração de nacionais para o Brasil, entre Oitocentos e Novecentos, factores repulsivos e atractivos, ciclos e consequências, com enfoque na região transmontana. A terceira sugere-nos uma abordagem menos clássica, apontando-nos para uma linha de continuidade entre a migração para o Brasil colónia e país independente, com uma rede de apoio no local de destino e a relativização da visão dicotómica dos brasileiros de sucesso e dos outros.
República e religião: ruptura ou continuidade? Ricardo Silva
Resumo – Herdeira das políticas laicizadoras da sociedade que remontam aos finais do século XVIII, a República deu continuidade à implementação das medidas legislativas que prosseguiam essa linha de actuação, nomeadamente no que às congregações religiosas respeitou. O republicanismo não constituiu nenhuma originalidade em relação à política conventual entretanto encetada, embora tenha demonstrado um maior empenho reformador.
A Sociedade Filarmónica Moncorvense na primeira década do século XX Virgílio Tavares
Resumo – A Filarmónica Moncorvense nasceu em 1882 e está inactiva desde os anos 90 do século XX. Teve um percurso centenário que justifica que se estudem e preservem as suas funções musicais, sociais e culturais. Este trabalho é, simultaneamente, um alerta para esta problemática e o nosso contributo para o seu conhecimento. A Filarmónica Moncorvense entrou no século XX animada pelas inúmeras solicitações. No ano de 1905, o nome mudou para Sociedade Dramática e Musical Conselheiro Doutor Alexandre José da Fonseca.
Para saber mais:
ResponderEliminarhttp://lelodemoncorvo.blogspot.com/2011/02/torre-de-moncorvo-revista-do-cepihs.html
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O Projecto de Guerra Junqueiro para a bandeira da República
António Pimenta de Castro
Resumo – O enfoque deste estudo recai no projecto da bandeira da Primeira República concebido por Guerra Junqueiro, figura incontornável da cultura e da política portuguesas. A fundamentação das suas opções, nomeadamente, as cores azul e branca, convocou-o na posição de patriota convicto e foi trazida até nós, em parte, por obras marcantes do seu percurso literário. O projecto levantou grande polémica e veio a ser preterido.
As Imagens da República
Anunciação Matos
Resumo – As sucessivas imagens da República, que aqui se apresentam, vão integrando o leitor nos ideais republicanos. Elas espelham o ensino e o anticlericalismo, participam da Primeira Guerra Mundial, apelam à união colectiva. Elas conquistam o quotidiano e todos os espaços em múltiplas ligações simbólicas. A imagem da República desdobra-se em cor e em arte. E é feminina, firme, agregadora e laboriosa.
Radical mas não muito
Carlos Sambade
Resumo – Quando se sinaliza – na história, na morigeração e fundamentalmente na simbólica – um tempo como sendo de mudança pode--se procurar ou o rasto de causalidade difusa ou, como ora se pretende que suceda, a marca se não indelével pelo menos revestida daquela perenidade que biblioteca e querer saber mantêm. Acresce que, havendo eco de factos e de factores associados, quanto mais não seja por uma certa inerência, à capital de um país, então melhor se pode tomar o pulso a uma situação. Perscrutar os interstícios da (ideia de) república, no seu tempo de alvor concreto, contida no plasmar, em periódico local, de emotividade racional, ou de razão emotiva, numa das vilas desse Portugal que se nos oferece constantemente, sem por vezes sabermos bem o que (nos) espera ou é lícito que espere, eis o nosso propósito.
Em defesa da República
Carlos Seixas
Resumo – Este artigo pretende dar a conhecer um protagonista felgarense do período da Primeira República – Artur Adriano Pires. Cidadão de profundas convicções políticas e inabalável crença republicana, denunciou, sistematicamente, a actuação dos dirigentes locais que designou de adesivos e de ex-monárquicos. Empreendeu, ao mesmo tempo, e em nome de uma República altruísta e igualitária, a luta pela libertação dos espíritos e a defesa da sua terra e das suas gentes. Serviu-se, para tais propósitos, do jornal Alma Transmontana, por si concebido e voz contundente da sua crítica pronta e mordaz.
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bajo el prisma periodístico de la provincia limítrofe de Salamanca
Emilio Rivas Calvo & Carlos d’Abreu
Resumen – En el presente trabajo se analiza el impacto que produjo en la prensa salmantina la instauración de la República en Portugal, atendiendo para ello a las líneas de opinión de El Salmantino y de El Adelanto.
A Implantação da República
As Mulheres na Revolta do 31 de Janeiro
Fina d’Armada
A
Maria Custódia Alves, costureira de 22 anos,
que morreu na revolta republicana de 1891
Resumo – No séc. XIX, o Porto era uma cidade pioneira. Assim, elegeu o 1.º deputado republicano do Reino (Rodrigues de Freitas, em 1878), deu voz à 1.ª republicana, já em 1880 (Angelina Vidal, que veio vestida de verde e vermelho, origem das cores da bandeira?), e tentou implantar a República, em 1891, no 31 de Janeiro. Este artigo dá visibilidade, dá nome, às participantes dessa revolta. Refere a mulher que abriu as portas da Câmara do Porto aos revoltosos, a morta e feridas entre soldados, as esposas que acompanharam os maridos para o degredo em África e as primeiras presas políticas em nome da República. Conta, também, episódios em que as mulheres foram protagonistas, como a noiva que ia ficando por casar. Ainda dá visibilidade às portuenses (30) que testemunharam nos tribunais de guerra a favor dos republicanos.
Análise dos Livros de Recenseamentos da
Freguesia de Torre de Moncorvo
(1910 e 1921)
Licínio Martins e Luís Rei
Resumo – Este trabalho traz-nos uma análise transversal da população residente e recenseada na freguesia de Moncorvo, nos anos de 1910 e 1921. O universo populacional em estudo restringe-se aos recenseados, tendo em conta as fontes consultadas (Livros de Eleitores Inscritos no Recenseamento Político, com o fundamento de saberem ler e escrever – freguesia de Moncorvo – 1910 e 1921), portanto, homens alfabetizados com mais de 21 anos. Possibilita, no entanto, conhecer aspectos sociológicos tão interessantes como as profissões exercidas por esse universo populacional; o impacto do programa de alfabetização promovido pelos primeiros governos republicanos; a variação da população recenseada e inferir alguns factores que terão contribuído para essa variação, com base no contexto histórico da época.
Dissertação a propósito da implantação da República em Torre de Moncorvo
Maria da Assunção Carqueja Rodrigues Adriano Vasco Rodrigues
Resumo – os Autores acompanham a evolução do movimento republicano português, a partir de 2.ª metade do século XIX, nos centros urbanos, onde predomina a burguesia, marcando o contraste com o interior agrícola, conservador e monárquico, como se viu pela reacção ao ultimatum inglês. Para a difusão das ideias republicanas no interior, caso de Torre de Moncorvo e seu concelho, contribuiu a acção doutrinadora de intelectuais que exerciam cargos públicos, muitos dos quais ex-alunos da Universidade de Coimbra e, também, de militares e marinheiros que influenciaram familiares e amigos, artesãos e comerciantes locais, citando como exemplo Felgar. O es-tudo é completado com referências aos primeiros deputados para as Constituintes de 1911, eleitos pelo Círculo n.º 9 (Torre de Moncorvo).
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ResponderEliminarFaces da emigração portuguesa para o Brasil
(Oitocentos - Novecentos)
Odete Paiva
Resumo – O artigo divide-se em três partes. A primeira apresenta-nos a migração externa como um fenómeno conjuntural da sociedade portuguesa e que a atravessa diacronicamente. A segunda detém-se no fenómeno da emigração de nacionais para o Brasil, entre Oitocentos e Novecentos, factores repulsivos e atractivos, ciclos e consequências, com enfoque na região transmontana. A terceira sugere-nos uma abordagem menos clássica, apontando-nos para uma linha de continuidade entre a migração para o Brasil colónia e país independente, com uma rede de apoio no local de destino e a relativização da visão dicotómica dos brasileiros de sucesso e dos outros.
República e religião: ruptura ou continuidade?
Ricardo Silva
Resumo – Herdeira das políticas laicizadoras da sociedade que remontam aos finais do século XVIII, a República deu continuidade à implementação das medidas legislativas que prosseguiam essa linha de actuação, nomeadamente no que às congregações religiosas respeitou. O republicanismo não constituiu nenhuma originalidade em relação à política conventual entretanto encetada, embora tenha demonstrado um maior empenho reformador.
A Sociedade Filarmónica Moncorvense
na primeira década do século XX
Virgílio Tavares
Resumo – A Filarmónica Moncorvense nasceu em 1882 e está inactiva desde os anos 90 do século XX. Teve um percurso centenário que justifica que se estudem e preservem as suas funções musicais, sociais e culturais. Este trabalho é, simultaneamente, um alerta para esta problemática e o nosso contributo para o seu conhecimento. A Filarmónica Moncorvense entrou no século XX animada pelas inúmeras solicitações. No ano de 1905, o nome mudou para Sociedade Dramática e Musical Conselheiro Doutor Alexandre José da Fonseca.
Lila:
ResponderEliminarDesejo que o lançamento da revista seja um êxito.
Só lamento não poder estar presente.
Abraço
Júlia
Alberto Adriano Maçorano Cardoso: Excelente ideia de aglutinar os laços transmontanos.
ResponderEliminarConvido-os a visitar o meu site: www.olivrodosespiritos.com.br
obra importante para decifrar e entender os dias tumultuados que vivenciamos.