Antes de mais quero enviar um abraço para o Fernando André. E também para a gente do Castedo, uma das aldeias deste concelho com mais história. Um dia haveremos falar disso em profundidade... Hoje gostaria apenas de deixar duas notas etnográficas. A primeira relaciona-se com a agricultura. Como certamente sabem, o terreno da aldeia é bastante fragoso e muito inclinado, muito pouco apropriado para a produção de cereais. Daí que os moradores das aldeias vizinhas tivessem inventado a seguinte quadra, ironizando com as "medas" de centeio e trigo que se faziam nas eiras: - Hei-de ir a casar ao Castedo Que é terra de muito pão. Sobem os galos às medas E chegam com o rabo ao chão. J. Andrade
A segunda nota tem a ver com a capela de Santo António, uma das várias que enobrecem o tecido urbano. Conta-se que um criado de um lavrador,quanto ia cos bois, dava uma escapadela à capela e ia à lâmpada milhar no azeite o pão do farnel. E daí nasceu o seguinte diálogo entre o criado e o Santo: - Santo Antoninho Estais sozinho? Deixais molhar o pão No vosso grijó? - Não - respondeu o Santo. - Ai, Santo Antoninho De pau! A falar?! Pois hei-de molhar E tornar a molhar! - E eu pego na moca E faço-te calar. J. Andrade
Antes de mais quero enviar um abraço para o Fernando André. E também para a gente do Castedo, uma das aldeias deste concelho com mais história. Um dia haveremos falar disso em profundidade... Hoje gostaria apenas de deixar duas notas etnográficas. A primeira relaciona-se com a agricultura. Como certamente sabem, o terreno da aldeia é bastante fragoso e muito inclinado, muito pouco apropriado para a produção de cereais. Daí que os moradores das aldeias vizinhas tivessem inventado a seguinte quadra, ironizando com as "medas" de centeio e trigo que se faziam nas eiras:
ResponderEliminar- Hei-de ir a casar ao Castedo
Que é terra de muito pão.
Sobem os galos às medas
E chegam com o rabo ao chão.
J. Andrade
A segunda nota tem a ver com a capela de Santo António, uma das várias que enobrecem o tecido urbano.
ResponderEliminarConta-se que um criado de um lavrador,quanto ia cos bois, dava uma escapadela à capela e ia à lâmpada milhar no azeite o pão do farnel. E daí nasceu o seguinte diálogo entre o criado e o Santo:
- Santo Antoninho
Estais sozinho?
Deixais molhar o pão
No vosso grijó?
- Não - respondeu o Santo.
- Ai, Santo Antoninho
De pau! A falar?!
Pois hei-de molhar
E tornar a molhar!
- E eu pego na moca
E faço-te calar.
J. Andrade
Parabéns ao autor, Fernando André.
ResponderEliminarE um grande abraço ao António Júlio Andrade, que tanto nos tem contado. E eu muito tenho aprendido. Desta vez também me diverti.
Júlia