sexta-feira, 24 de junho de 2011

CASTEDO - ESCAPARATE (XXIX)

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Paginação elaborada por Luís Teixeira

3 comentários:

  1. Antes de mais quero enviar um abraço para o Fernando André. E também para a gente do Castedo, uma das aldeias deste concelho com mais história. Um dia haveremos falar disso em profundidade... Hoje gostaria apenas de deixar duas notas etnográficas. A primeira relaciona-se com a agricultura. Como certamente sabem, o terreno da aldeia é bastante fragoso e muito inclinado, muito pouco apropriado para a produção de cereais. Daí que os moradores das aldeias vizinhas tivessem inventado a seguinte quadra, ironizando com as "medas" de centeio e trigo que se faziam nas eiras:
    - Hei-de ir a casar ao Castedo
    Que é terra de muito pão.
    Sobem os galos às medas
    E chegam com o rabo ao chão.
    J. Andrade

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  2. A segunda nota tem a ver com a capela de Santo António, uma das várias que enobrecem o tecido urbano.
    Conta-se que um criado de um lavrador,quanto ia cos bois, dava uma escapadela à capela e ia à lâmpada milhar no azeite o pão do farnel. E daí nasceu o seguinte diálogo entre o criado e o Santo:
    - Santo Antoninho
    Estais sozinho?
    Deixais molhar o pão
    No vosso grijó?
    - Não - respondeu o Santo.
    - Ai, Santo Antoninho
    De pau! A falar?!
    Pois hei-de molhar
    E tornar a molhar!
    - E eu pego na moca
    E faço-te calar.
    J. Andrade

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  3. Parabéns ao autor, Fernando André.

    E um grande abraço ao António Júlio Andrade, que tanto nos tem contado. E eu muito tenho aprendido. Desta vez também me diverti.

    Júlia

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