Fotografia:Luís Borges |
sábado, 29 de abril de 2017
Em tempo de vigaristas... mais uma estória do Camané, por Júlia Ribeiro
Por Moncorvo têm passado muitos vigaristas, de todos os tipos e feitios, para além dos que exercem a vigarice institucionalizada. Então não será uma porca de vigarice cortarem nas pensões, subsídios de férias e de Natal a quem tem tantas dificuldades e deixarem fugir os vigaristas que se abotoaram com milhões que nós temos de pagar?
Vou falar dos vigaristas que trabalham por conta própria. Há alguns cujas vigarices deixam pessoas incautas muito lesadas. Não gosto deles. Há outros , mais astutos, que preferem lesar os gananciosos e depois o povo até diz “foi bem feito” . E há aqueles que ficam na memória pela ousadia, inteligência e até por uma boa dose de imaginação. São as histórias destes últimos que me regalam. Diria até que me fascinam. Vou contar-vos uma destas.
Quando se deu inicio à construção da barragem do Pocinho, era o Engº Ramiro Salgado, pessoa muito conceituada em Moncorvo, encarregado da empresa Somague. Um fim de semana veio à vila acompanhado de um colega que apresentou em Moncorvo como Engenheiro representante da Efacec. E nas conversas de café, tudo começou a girar à volta do Sr.Engenheiro da Efacec.
- Então, Sr. Engenheiro, a Efacec também vem trabalhar para a barragem do Pocinho ? perguntava um dos comerciantes da nossa praça, a pensar já em ganhos chorudos.
- Conte comigo. Tenho os melhores materiais de construção da vila. Não vai uma cervejinha?
- Agradeço, mas agora só um golinho de whisky, para acompanhar o café.
- O´pá, traz daí um whisky do bom aqui pro’ sr. Engenheiro.
Daí a duas horas era outro comerciante a oferecer os seus préstimos: materiais e, acima de tudo, o seu saber (ainda se não dizia “know-how” ), a sua experiência no ramo, a sua mais-valia.
Nesse jantar, bem comido e bem bebido, o Sr.Eng.º da Efacec, evidenciou conhecimentos técnicos, discutiu sobre o país e a sua economia, e os quatro comerciantes moncorvenses à roda da mesa ouviam-no embasbacados. Já completamente seduzidos pela conversa tão científica, tão culta, do sr. Eng.º da Efacec, este tirou da carteira um papel e, com movimentos lentos, bem estudados, mostrou-o aos seus futuros parceiros nos lucros das sub-empresas que iam criar: 40 mil contos ! Não era dinheiro de tremoços. Era um cheque visado de QUARENTA MIL CONTOS ! Era uma pipa de massa. Qual quê? Era um tonel de massa. E os comerciantes moncorvenses trocaram olhares que disseram : “Temos aqui uma fonte de rendimentos”.
Moncorvo -Álbum de memórias - Carnaval
Hoje,16-17 horas, uma reportagem sobre Núcleo da Fotografia de Moncorvo,na RTP, no programa da Dina Aguiar.Não perca.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
1º Encontro de Associações Culturais e de Defesa do Património da Raia e dos Vales do Côa e Águeda
1º Encontro de Associações Culturais e de Defesa do Património da Raia e dos Vales do Côa e Águeda
9h30 Recepção dos participantes
10h00 Abertura dos trabalhos pelo Presidente da RIBACVDANA
Intervenções:
10h30 Asociación de Amigos de Portugal en España (León)
10h50 Associação de Protecção da Natureza do Concelho de Trancoso (Trancoso)
11h10 ProMumenta – Asociación de Amigos del Patrimonio Cultural de León (León)
11h30 Erva-Prata - Associação para valorização do património natural e cultural das arribas do Douro (Figueira de Castelo Rodrigo)
11h50 Grupo Cultural e Recreativo dos Fóios 12h10 Coro Monteverdi de Cabrerizos 12h30 Almoço
14h15 Abertura dos trabalhos pelo presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Dr. Paulo Langrouva
14h30 ADECOCIR - Asociación para el Desarrollo de la Comarca de Ciudad Rodrigo (Ciudad Rodrigo)
14h50 Plataforma RIONOR – Rede Ibérica Ocidental para uma Nova Ordenação Raiana (Varge)
15h10 Asociación de Frontera Tod@vía por una Vía Sostenible (Lumbrales)
15h30 Asociación Etnográ ca Bajo Duero (Zamora)
15h50 Academia Ibérica da Máscara (Bragança)
16h10 Asociación Cultural Rodericus (Ciudad Rodrigo)
16h30 Asociación Socio Cultural Vía de la Plata de San Pedro de Rozados (San Pedro de Rozados)
16h50 Associação de Desenvolvimento Local Terra do Lagarto (Vilar de Amargo)
17h10 Caminheiros do Águeda Associação (Mata de Lobos)
17h30 Apresentação do projecto: Côa: o Rio que nos Une (RIBACVDANA)
18h00 Debate
19h00 Encerramento pelo Vice-Presidente da RIBACVDANA e Director do Festival PAN / Morille
quinta-feira, 27 de abril de 2017
TORRE DE MONCORVO - RIO SABOR (cheia de 1961)
.
Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do
rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação.
Foto do arquivo do N.M.F.D.S.
Foto do arquivo do N.M.F.D.S.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
terça-feira, 25 de abril de 2017
MONCORVO - Retrato a sépia
Todas as minhas memórias de infância começam em Moncorvo.
Há uma ligação irreprimível com a serra do Roboredo , que eu via das
janelas de minha casa e povoava de fantásticas aventuras , no meio dos seus
caminhos pedregosos e do arvoredo de cheiro penetrante. Dela eu conseguia olhar
a vila como um casario distante à volta da igreja e esse efeito era como que um
horizonte de liberdade. Contavam-me histórias do meu avô Adelino a atravessar a
serra muitas vezes de noite para ir de Urros a Moncorvo, a cavalo, desafiando
lobos e outros perigos. Histórias também da riqueza imensa que a serra guardava
, com o seu ventre cheio de minério de ferro.
Da vila para a serra eu passava pela estação de caminho de ferro, com o seu
depósito de água e a linha férrea cintilante ao sol, deitada sobre as travessas
de madeira, com um cheiro de alcatrão que nunca esqueci. A estação e perto dela
a fonte de Sto. António , com o tanque de água fresquíssima mesmo no Verão e o
musgo das paredes, eram a fronteira entre o meu mundo conhecido e a aventura
.
Na vila , a igreja dominava a paisagem. O adro e, dentro dela, a
majestática nave , com uma luz coada e os seus recônditos onde as vozes se
perdiam em ecos abafados . Igreja de dominante presença, com o granito
acastanhado das suas paredes , os seus sinos que marcavam o tempo da terra , um
tempo que no Verão abrasador se alongava pelas ruas e no Inverno se acolhia nas
lareiras .
Pelas festas a igreja recebia o pregador , de voz troante e que vinha de
fora para falar aos fiéis. A sua voz reberverava nas arcadas ogivais como a de
um bíblico mensageiro .
E a praça - a praça ,defronte ao castelo, era uma imensa sala de visitas,
com coreto e bancos em torno. Mas dela eu fugia para outras aventuras, na
Corredoura e no campo da bola , que eram o meu poiso de eleição.
Festas, feiras, foguetório, bandas de música, procissões, tudo passava ali
pela praça, debaixo dos meus olhos maravilhados.
Depois havia ainda o cine-teatro, as Aveleiras, a rua do Cabo, a casa da
guarda, as quintas . E a casa dos meus Pais - o trabalho da oficina de
alfaiataria, o sobe e desce da minha Mãe, a minha Avó Amélia , o escano do
quintal onde nas noites de Verão se podia dormir, o fumeiro, os cântaros de água
fresca.
E as pessoas e casas da vila, o sóto, o café do Sr. Basílio , a farmácia da
D. Carmen.
Imagens que no passado reencontro quando preciso de me reencontrar no
presente.
Daniel de Sousa
Fonte:
Nota do editor:divulgar este texto é um impulso de transmontaneidade.
Parque Arqueológico do Vale do Côa e o Museu do Côa.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, anunciou
esta terça-feira que a nova administração da Fundação do Côa deverá tomar posse
até ao final do mês.
Durante a cerimónia de entrega do Prémio de Arquitetura do
Douro, realizada em São João de Tarouca, o ministro lembrou a decisão do
Governo de "fazer reviver a Fundação do Côa", que foi criada em 2011
para gerir o Parque Arqueológico do Vale do Côa e o Museu do Côa."A Fundação do Côa tem novos estatutos e terá uma nova
administração", disse aos jornalistas no final da cerimónia.
Fonte: http://www.dn.pt/artes/interior/nova-administracao-da-fundacao-do-coa-devera-tomar-posse-este-mes-6227710.html
“Guiné Crónicas de Guerra e Amor”
NOTA
DE IMPRENSA
Comemoração do 25 de Abril em
Torre de Moncorvo
A
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo celebra o Dia da Liberdade, no próximo
dia 25 de Abril, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
Do
programa faz parte a apresentação do livro “Guiné Crónicas de Guerra e Amor” de
Paulo Salgado, que aborda as experiências vividas pelo autor no período da
guerra colonial e durante a sua permanência, como cooperante, na Guiné-Bissau.
“Paulo
Cordeiro Salgado nasceu em Torre de Moncorvo em 1946. Aqui completou o ensino
liceal até ao 5.º ano no Colégio Campos Monteiro de que seu Pai foi fundador em
1936 e seu diretor de 1936-1972. Foi alferes miliciano na Guiné em 1970-1972. É
licenciado em Direito e Mestre em Administração de Unidades de Saúde. Trabalhou
em diversos hospitais portugueses como administrador hospitalar. Foi cooperante
em projetos promovidos pelo Banco Africano de Desenvolvimento e Banco Mundial na
Guiné-Bissau de 1990- 1992 e de 1997-2006 no Ministério da Saúde, e em Angola
durante cerca de sete anos em Instituições de Saúde.”
De
seguida será inaugurada, no átrio da Biblioteca Municipal, a exposição documental
“De Moncorvo a Coimbra, de Lisboa a Paris e Londres: Percursos e Memórias do
Visconde Vila Maior” da responsabilidade da Sociedade
Broteriana – Universidade de Coimbra que com o apoio financeiro da Fundação
Calouste Gulbenkian procedeu ao
tratamento do arquivo pessoal e familiar de Júlio Máximo de Oliveira Pimentel,
2º Visconde de Vila Maior (1809-1884), insigne personalidade do Liberalismo
português e ilustre figura da história de Moncorvo.
Câmara
Municipal de Torre de Moncorvo, 18 de Abril de 2017
Luciana Raimundo
Comboio de Alta Velocidade “chega” a Bragança no Natal de 2018
O AVE, o Comboio de Alta Velocidade espanhol, chega a Otero
de Sanabria, uma pequeníssima aldeia espanhola, com apenas duas dúzias de
habitantes, no final do próximo ano.A garantia foi dada pelo ministro do
Fomento espanhol, que anunciou o desbloqueio de 17 obras na linha de alta
velocidade entre Madrid e a Galiza, um troço que sofreu "problemas
técnicos" mas que agora está com uma "alta taxa de execução",
afiançou Inigo de la Serna.
De visita às obras desta linha na zona de Sanabria, o
ministro espanhol reiterou que este é um "investimento prioritário"
para o governo chefiado por Mariano Rajoy, referindo que o orçamento do Estado
central tem reservados 589 milhões de euros para o AVE Madrid-Galiza.
Centro de Alto Rendimento do Pocinho
O Ministro da Cultura entregou na passada terça-feira o Prémio Arquitetura do Douro ao Centro de Alto Rendimento do Pocinho, uma obra do arquiteto Álvaro Andrade e propriedade do Município de Foz Côa.
Foram distinguidas com menções honrosas a Adega Alves de Sousa, do arquiteto Belém Lima, e o Espaço Miguel Torga, do arquiteto Eduardo Souto de Moura. "A nossa Cultura é cosmopolita e também vive no interior do país", referiu Luís Filipe Castro Mendes, Ministro da Cultura, na cerimónia de entrega do galardão, que se realizou no Centro Interpretativo de São João de Tarouca
Fonte:http://www.mdb.pt/noticia/centro-de-alto-rendimento-do-pocinho-vence-premio-de-arquitetura-do-douro-6357
Foram distinguidas com menções honrosas a Adega Alves de Sousa, do arquiteto Belém Lima, e o Espaço Miguel Torga, do arquiteto Eduardo Souto de Moura. "A nossa Cultura é cosmopolita e também vive no interior do país", referiu Luís Filipe Castro Mendes, Ministro da Cultura, na cerimónia de entrega do galardão, que se realizou no Centro Interpretativo de São João de Tarouca
Fonte:http://www.mdb.pt/noticia/centro-de-alto-rendimento-do-pocinho-vence-premio-de-arquitetura-do-douro-6357
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo atribui Prémio Literário Campos Monteiro
NOTA DE IMPRENSA
O
Prémio Literário Campos Monteiro 2016 foi atribuído à obra “Noticiário da Vida
de José dos Passos” de Ricardo Manuel Ferreira de Almeida, residente em Vila
Real.
A
entrega do prémio ao vencedor ocorrerá em cerimónia pública, a decorrer no dia
25 de Abril, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
O
Prémio Literário Campos Monteiro é uma iniciativa organizada pelo Pelouro da
Cultura da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e destina-se a incentivar a
produção literária, em homenagem ao insigne escritor moncorvense que dá o nome
a este prémio.
O
valor do prémio a atribuir é de 3.500,00€, sendo que a Câmara Municipal de
Torre de Moncorvo patrocinará a edição da obra vencedora.
Câmara
Municipal de Torre de Moncorvo, 20 de Abril de 2017
Luciana Raimundo
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Douro e Trás-os-Montes nas bocas do mundo
Douro e Trás-os-Montes nas bocas do mundo, à boleia do Navio Escola Sagres
19 abr, 2017 - 20:02 • Olímpia Mairos
Vinhos, compotas, enchidos e outros sabores do Douro e de Trás-os-Montes estão a bordo do Navio Escola Sagres e têm como destino a América do Sul e a França.
O Navio Escola Sagres (NRP Sagres) já navega nas águas do mar e, até Setembro, vai passar por portos e cidades de África, América do Sul e Europa, locais onde serão promovidos produtos do norte interior de Portugal, com destaque para a cultura, os vinhos, o agroalimentar e, fundamentalmente, o turismo.
“Em todos os pontos da viagem os produtos do Douro e de Trás-os-Montes vão ser integrados nas ementas do Navio Escola, nas recepções e nas ofertas. Por exemplo, quando o navio chega a um porto, convida as entidades locais e oferece degustações e presentes. Desta vez, esses momentos serão feitos com os produtos de Trás-os-Montes e Douro, promovendo a região”, avança Alberto Tapada, membro da Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR).
O 25 de Abril em Moncorvo
Caros amigos,
O 25 de Abril em Moncorvo será comemorado com o programa expresso no convite que segue em anexo.
A obra Guiné: crónicas de Guerra Amor, de Paulo Salgado, é o resultado das vivências do autor durante a Guerra Colonial e durante a sua actividade profissional, como cooperante, na Guiné Bissau.
Apareçam e divulguem!
Atentamente,
Lema d'Origem - Editora, Ldª
NIPC: 509 059 473
E/ editora@lemadorigem.pt
URL/ http://lemadorigem.pt
NIPC: 509 059 473
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Facebook: https://www. facebook.com/LemadOrigem
A propósito do 25 de Abril e de José Mário Branco.
A canção de José Mário Branco é o retrato poético e violento de uma geografia agreste, da terra e do homem, da luta do camponês até aos construtores de um império, entre o suor e o saque. Da servidão da Vilariça até às casas, com brasão, da Vila, num percurso de sofrimento.
Moncorvo terra e gente
pobre-rica, rica-pobre
nobre serva, serva nobre
entre passado e presente
entre presente e ausente
Foi das pedras
foi das pedras e das águas
do calor, do rosmaninho,
foi da torga, foi das fráguas
que nasceu
este império pequenino
Foi do sol
foi do sul e foi do gelo
foi do sonho e da roda
do Picôto e do Covêlo
que nasceu
este império à nossa moda
Moncorvo torre e gente
pobre-rica, rica-pobre
nobre serva serva nobre
entre passado e presente
entre presente e ausente
Foi do calo
foi da pedra descoberta
da terra desempedrada
que nasceu
esta mina já deserta
Foi do roxo
foi do arrojo e do Douro
do tesouro de caliça
foi do velho e do vindouro
que nasceu
o sangue da Vilariça.
domingo, 23 de abril de 2017
CONSELHOS RAIANOS
Domus Municipalis de Bragança, 29 de abril
Sessão dos Conselhos Raianos
Varge,
10 de abril de 2017
Caros Amigos
Pedimos encarecidamente a todos os que
anseiam por ver os territórios raianos de novo repovoados de gente feliz e com
futuro, que se juntem a nós no próximo dia 29 de abril a partir das 14.00 na
Domus Municipalis em Bragança, para debater sem entraves de qualquer ordem os
problemas da acessibilidade e da coesão territorial, que vão da reposição das
vias férreas às rodovias, das vias fluviais às ligações aéreas e da cobertura
das redes móveis à conexão à internet. Em anexo remetemos os documentos.
Era na mítica Domus Municipalis que os
homens bons nossos antepassados se reuniam para debater os problemas com que se
defrontavam e conseguir o repovoamento e a construção de todo o património que
nos legaram e que temos obrigação de respeitar e de amar.
É urgente combater o estafado
argumento de que não há gente para rentabilizar os investimentos, porque foi graças
aos investimentos feitos pelos nossos antepassados que estes territórios puderam
sobreviver com gente até aos nossos dias.
Sabemos que a resolução dos problemas
só se consegue através do envolvimento da sociedade civil, da participação
cívica e da construção de uma opinião pública capaz de se impor junto dos
poderes decisórios. Por estas razões não desperdicem tomadas de decisão que só
a cada um de nós pertencem e apareçam.
Lembramos ainda que temos já agendadas
outras sessões dos Conselhos Raianos, na Puebla de Sanabria no Convento de San
Francisco, 17 de junho; em Torre de Moncorvo no Cineteatro, 22 de julho; em
Alcañices no Salón de Actos do Ayto, 14 de outubro; em Alfândega na Casa da
Cultura, 4 de novembro, e em Vila Flor no Centro Cultural, 25 de novembro.
Sem mais por hoje, em nome
da RIONOR somos a enviar saudações raianas.
(Francisco
Manuel R. Alves)
Visitar a pré-história no Museu do Côa
Em 1997, Portugal classificava a arte do Vale do Côa como
Monumento Nacional. No ano seguinte, foi a Unesco a considerar o achado
Património Mundial. Para trás ficava o projeto de construção de uma barragem
no Baixo Côa, que se tivesse avançado deixava debaixo de água um dos maiores
testemunhos dos nossos antepassados.
Há dez anos, arrancava a construção do Museu do Côa.
Abriu portas três anos depois e hoje é uma referência internacional, com mais
de 40 mil visitantes por ano, em média.
A ideia dos arquitetos era fazer um miradouro. Um palco que
permitisse ver uma paisagem classificada duas vezes: o Alto Douro Vinhateiro e
o Parque Arqueológico do Vale do Côa. A obra, em betão com a cor e
a textura do xisto, não desilude!
Logo à chegada, é a paisagem que prende o olhar e suspende a
respiração; o Vale do Côa, com o rio que segue sereno e uma traquilidade
pouco habitual a quem chega da cidade.
Imaginamos os nossos antepassados a caçar nas margens e a fazer
aquilo que nos traz ao museu: verdadeiras obras de arte, cravadas no xisto há
mais de 20 mil anos! "Não sei se conseguem 'encaixar' o que é que são 20
mil anos. Quando nós dizemos que as pirâmides do Egito são muito antigas e
têm 5 mil anos, nós estamos muito mais perto das pirâmides do que as pirâmides
estão destas gravuras", faz questão de sublinhar António Jerónimo, um dos
guias do museu.
Álbum de memórias - 1º comício politico em Moncorvo (1974)
MANQUINHO DA AÇOREIRA , por Rogério Rodrigues
Depois de abrir a imagem clique no endereço que se encontra no canto inferior esquerdo para a ampliar.
Os versos de autoria do Manquinho e a foto das três irmãs foram enviados por Paulo Patuleia .
Postado em 15/09/11
A.M. Pires Cabral. Ainda se pode brincar com coisas sérias ou já não?
literatura não tem que seguir os ditames daquilo que a
sociedade convencionou chamar bom gosto”. Quem o diz é César Gaspar, poeta de
um único livro, saído dos prelos manhosos de uma dessas editoras de que todos
já ouvimos falar, e protagonista de um dos oito contos de que se compõe esta
recolha de A. M. Pires Cabral, recentemente publicada pela Cotovia.
“Singularidades” é o seu título e veste bem quer à editora,
agora a redefinir o seu perfil sóbrio mas aventuroso, quer ao autor, que com
notável discrição tem vindo a construir uma obra de pessoalíssima voz que varia
de género como quem muda de camisa: poesia, romance, conto, teatro, crónica, literatura
de viagens e o mais que o talento versátil permite.
sábado, 22 de abril de 2017
A moura encantada de Adeganha
A moura
encantada de Adeganha
No antigo castelo de Adeganha [concelho
de Moncorvo] existia uma passagem subterrânea que depois foi tapada. Lá
dentro, ficou uma jovem moira que os cristãos haviam raptado e ali encerraram.
Era tecedeira e tecia fios de ouro. Pelo tempo fora, a moura ali ficou
encantada.
Um dia, um pastor andava por ali, guardando as cabras. Subiu ao cimo das ruínas do castelo e espreitou por um buraco. Viu umas escadas e desceu por elas. Começou a ver ouro, muito ouro. De repente, assustou-se e voltou a subir, cheio de medo. Ouviu então uma voz dizendo:
— Ah, ladrão, que me dobraste o encanto!
Um dia, um pastor andava por ali, guardando as cabras. Subiu ao cimo das ruínas do castelo e espreitou por um buraco. Viu umas escadas e desceu por elas. Começou a ver ouro, muito ouro. De repente, assustou-se e voltou a subir, cheio de medo. Ouviu então uma voz dizendo:
— Ah, ladrão, que me dobraste o encanto!
Era a voz da moura, lamentosa, que
ali continuaria, encantada, pelos tempos fora, O encanto só podia ser quebrado
por alguém que ali fosse à meia-noite do dia de S. João.
E foi o que aconteceu. Um outro pastor, que guardava ovelhas, deixou perder
uma delas que entretanto parira. Foi procurá-la de noite. Subiu ao castelo para
ver se escutava os balidos da ovelha e da cria. De repente, espreitou pelo
buraco. E lá dentro, viu uma toalha branca, de linho, cheia de figos secos. E
que apetitosos!...
Desceu, e foi encher os bolsos. Depois foi à procura da ovelha. Encontrou-a
junto ao castelo, presa em umas silvas e acariciando o cordeirinho. Então meteu
um figo à boca, mas era de ouro. Os figos eram todos de ouro fino Ouviu então
um barulho leve, como de avezinha, e uma palavra cheia de ternura e felicidade:
—Obrigada!
Era a moura que voava, livre, para junto dos seus. O encantamento havia
sido quebrado. Ficou da história uma quadra que o povo de Adeganha continua a
cantar:
“Aqui está Adeganha,
Toda ela engalanada!
Ao cimo tem o castelo
Com sua moira encantada!”
Fonte BiblioPARAFITA, Alexandre A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2006 , p.323
Ano1721
Municípios querem unir o Douro Internacional com o Douro Vinhateiro através de uma ecopista
A Associação de Municípios do Douro Superior
(AMDS) defende a recuperação do património da antiga linha do Sabor, de forma a
criar um canal de ligação entre o Douro Internacional e Douro Vinhateiro
através de uma ecopista.
Nesta primeira fase do projeto “a futura ecopista intermunicipal” foi dotada com cerca de 350 mil euros provenientes de fundos do quadro comunitário “ Portugal 2020” para a limpeza e desobstrução de parte do canal ferroviário nos concelhos de Torre de Moncorvo e Miranda do Douro.
Nesta primeira fase do projeto “a futura ecopista intermunicipal” foi dotada com cerca de 350 mil euros provenientes de fundos do quadro comunitário “ Portugal 2020” para a limpeza e desobstrução de parte do canal ferroviário nos concelhos de Torre de Moncorvo e Miranda do Douro.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Odebrecht - o construtor das barragens do Baixo Sabor
Magistrados de onze países latinos, incluindo Portugal,
estão reunidos em Brasília até esta sexta-feira para acertarem estratégias na
investigação do escândalo de subornos envolvendo a empresa
Os procuradores-gerais de 11 países comprometeram-se na
quinta-feira a criar equipas de trabalho comuns para coordenar as suas
investigações sobre o escândalo de corrupção da empresa brasileira Odebrecht
que abalou a América Latina.
Comprometem-se a "promover a formação de equipas comuns
de inquérito, bilaterais ou multilaterais, que permitam investigar de maneira
coordenada o caso Odebrecht", segundo um comunicado assinado pelo Brasil,
Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Portugal, Peru, República
Dominicana e Venezuela.
O encontro entre os magistrados de mais de uma dezena de
países, previsto para quinta-feira e hoje, visa "responder a todos os
pedidos de informação, num assunto que é coberto pelo segredo de
instrução", disse à AFP uma pessoa envolvida na organização da reunião,
fechada à imprensa.
Segundo documentos publicados a 21 de dezembro pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht terá alegadamente
pagado subornos relativamente a mais de uma centena de projetos em 12 países da
América Latina e África, de aproximadamente 788 milhões de dólares
norte-americanos.
domingo, 16 de abril de 2017
AMÊNDOA COBERTA DE MONCORVO
A amêndoa
coberta foi, de
certo, uma das primeiras indústrias artesanais da vila. Destinava-se ao
consumo, não só local e regional, mas também nacional e, nos começos do séc.XX,
tornou-se um produto de exportação, principalmente para o Brasil, a fim de
matar saudades da terra aos muitos milhares de transmontanos que para essas
paragens emigravam. Mais tarde, a amêndoa coberta de Moncorvo acompanhou outras
rotas de emigração: a França, a Alemanha, a Suiça, o Luxemburgo...
Mas
falar de amêndoa coberta é também
falar da cobrideira de amêndoa ,
da matéria prima utilizada na sua
indústria caseira e do cenário da acção, o que implica falar ainda da “maquinaria” necessária
ao seu labor.
1. Os ingredientes
são : amêndoa , açúcar e água.
2. São seus
instrumentos de trabalho:
2.1. a bacia de cobre (tão limpa que até
espelha), com ceca de 70 a 80 centrímetros
de diâmetro;
2.2. o “caco”, grande recipiente em barro grosso,
com as medidas da bacia e que se enche de cinza até mais ou menos ¾ . Esta
cinza é coberta por duas ou três pazadas de brasas, três ou quatro vezes ao dia.
Depende das estações do ano.
2.3. uma trempe
em ferro, grande e bem forte;
2.4. uma
boa caldeira
de cobre onde vai ferver a
água e o açúcar para cada “baciada” :
10, 12 ou 15 quilos de açúcar, até
atingir o ponto exacto;
2.5. uma
colher de sopa, uma concha e um caneco;
2.6. oito dedais;
2.7. um
banco pequeno.
Os Reis da Banda de Música de Moncorvo
Tinha acabado de
entrar o Ano Novo, talvez 1958, 1959?. Sinceramente não sei precisar. Era eu um garoto, tinha sete, oito anos.
Na altura quando
a banda de música de Moncorvo regressava de uma actuação, brindava os da terra na
Praça Francisco Meireles com algum do seu reportório. As notas tinham certamente
soado bem em terra alheia. E que outra música havia em Moncorvo, para além daquela
que sazonalmente saía dos altifalantes (grandes cornetas) dos circos Flecha
Monteiro e Mérito que acampavam na Corredora, onde vivi pouco tempo, tinha eu 5 anos, junto á capela de S. Sebastião. Era vizinho do
Sr. César Carmachinho, caçador afamado de bigode e
nariz esguio. Quando regressava a casa ainda a tarde era jovem, o peso das perdizes
e coelhos obrigavam-no a um andar
descompassado.
Nas traseiras da
capela morava o Sr. Tódu. Este devia
ser rico pois já tinha carro , e
não havia muitos em Moncorvo. Penso que
era um Ford de jantes com raios e de má
memória para mim. E porquê? Na altura depois do almoço o Sr. Tódu costumava dar
duas de conversa no café do Sr. Moreira na Praça Francisco Meireles. Eu já a
tinha fisgada apesar da tenra idade. E uma tarde mal o vi entrar no carro e dar à chave (nesse dia sem recurso á manivela), sentei-me na traseira, uma espécie de grade junto á roda suplente. Ele arrancou e passados
poucos metros, Corredoura acima, quando vi que a máquina já levantava muito pó,
e, antes que fosse tarde, atirei-me para o chão. Não fiquei lá muito bem
tratado. Ele não se apercebeu, seguiu viagem.
Mas voltando á
banda. O gosto pela música era de tal ordem que a garotada na altura “inventou”
uma banda. Era um grupo de rapazolas que
residia nos locais que davam acesso á Estação de Caminhos de Ferro”-Ruas de
Santo António, da Cal e Rua do Cabo onde vivi dois ou três anos. Aqui tinha
como vizinho, o brincalhão tio João Poiares que era sapateiro e que me trouxe
iludido meses a fio, com um sorriso de criança, por causa de uns pirilampos que
dizia ter em casa e que mil e uma vezes me prometeu. De promessa não passou.
Linha do Douro: interrogações sobre um estudo
Foto do arquivo do blog |
OPINIÃO
Linha do Douro: interrogações sobre um estudo
Em Maio vão ser retomadas na cidade de Vila Real as
cimeiras ibéricas, cuja agenda contempla "importantes projetos
transfronteiriços". Estaremos perante mais uma oportunidade desperdiçada
para a Linha do Douro?
16 de Abril de 2017, 11:08
Na sua edição de 06/02/2017, o PÚBLICO noticiou as conclusões de um
estudo centrado na Linha do Douro, eixo ferroviário internacional de 269
Km, repartidos entre Estados ibéricos, cabendo 191 Km (Ermesinde-Barca de Alva)
ao território nacional, constituindo o mais curto caminho terrestre existente
entre Madrid, a Área Metropolitana do Porto e o Oceano Atlântico.
Intitulando-se Estudo de Desenvolvimento da Linha do Douro, o
trabalho, sob a égide das Infraestruturas de Portugal, apresenta a Linha do
Douro como o itinerário ferroviário lógico, de integração funcional da Área
Metropolitana do Porto, e de toda região Norte, com a restante Península
Ibérica e Europa além-Pirinéus, validando-o como a "melhor opção",
nas dimensões técnico-operacionais, económicas e estratégicas. Adicionalmente,
o estudo projeta a linha como vetor incontornável para um novo modelo de
desenvolvimento territorial transfronteiriço, volvidas mais de três décadas
após a suspensão de todos os serviços internacionais, na sequência da qual têm
permanecido ao abandono 106 Km de via, entre Pocinho, Barca de Alva/Fregeneda
(fronteira) e Fuente de San Esteban (entroncamento a 56 Km de Salamanca). Este
estudo vem lançar uma série de desafios e interrogações.
sábado, 15 de abril de 2017
CONFRARIA DA AMÊNDOA - Capítulo da Primavera
Ao abrir o link tem acesso a 46 fotos
https://meocloud.pt/link/2e2420d9-51bf-40f3-8817-3746618dc537/Amendoa/
Carviçais Rock
O rock está de volta à aldeia nos dias 11 e 12 de Agosto com muitas novidades!
Carviçais a aldeia do rock!
A Junta de Freguesia de Carviçais em parceria com a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e com o Clube Académico de Carviçais, vai realizar pelo 4º ano consecutivo mais uma edição do Festival Carviçais Rock.
O Carviçais Rock realiza-se em Carviçais - Torre de Moncorvo, aldeia transmontana que lhe dá o nome, no sul do distrito de Bragança, situada no Douro Superior, entre os parques natural do Douro Internacional, Arqueológico do Vale do Côa e Douro Vinhateiro.
O ano de 2017 marca a 15ª edição do Carviçais Rock, um dos mais antigos Festivais de Verão do nordeste transmontano, que tem datas marcadas para os dias 11 e 12 de Agosto, com um cartaz totalmente nacional e com elevado destaque para o género musical rock/alternativo.
A apresentação das bandas/artistas que irão fazer parte do cartaz do Carviçais Rock está dividida em duas fases, sendo que a data da primeira fase está marcada para muito em breve.
Fiquem ligados à aldeia do rock!
O Carviçais Rock realiza-se em Carviçais - Torre de Moncorvo, aldeia transmontana que lhe dá o nome, no sul do distrito de Bragança, situada no Douro Superior, entre os parques natural do Douro Internacional, Arqueológico do Vale do Côa e Douro Vinhateiro.
O ano de 2017 marca a 15ª edição do Carviçais Rock, um dos mais antigos Festivais de Verão do nordeste transmontano, que tem datas marcadas para os dias 11 e 12 de Agosto, com um cartaz totalmente nacional e com elevado destaque para o género musical rock/alternativo.
A apresentação das bandas/artistas que irão fazer parte do cartaz do Carviçais Rock está dividida em duas fases, sendo que a data da primeira fase está marcada para muito em breve.
Fiquem ligados à aldeia do rock!
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